Após dois dias, terminou nesta sexta-feira (16) o júri de quatro réus no processo que apura as responsabilidades pela morte de Fernando Chaves Gomes. Três réus foram condenados pelo homicídio e um foi absolvido.
Os trabalhos foram presididos pelo juiz Orlando Faccini Neto, do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, que fez seu último júri. Ele pediu transferência e vai atuar em uma vara de lavagem de dinheiro.
O magistrado fixou a pena máxima para Felipe Santos Gonçalves, de 45 anos e quatro meses pelo homicídio e mais quatro anos por fraude processual.
—O acusado, após ser contratado, organizou toda a empreitada criminosa — disse o magistrado durante a leitura da sentença em plenário.
Para Andriele da Rosa Lopes, que teve um relacionamento com a vítima, a pena foi fixada em 27 anos e quatro meses de prisão.
— Transformou o afeto que um dia pode ter sentido num episódio trágico da mais ignóbil de violência — disse Faccini Neto.
Daniel Nunes Bittencourt Júnior foi condenado a 28 anos de prisão por homicídio, além de seis meses por fraude processual.
Lucas dos Santos Marques foi absolvido do crime de homicídio e condenado a um ano e meio de prisão por fraude processual e furto, já cumprido. O réu deixou o plenário em liberdade.
A advogada Olga Popoviche e o advogado Jader Santos, que representam Lucas dos Santos Marques, dizem, em nota, que “ele já cumpriu 4 anos e 9 meses. A defesa concorda com o veredito do conselho de sentença” e acrescentam que não recorrerão da sentença.
O corpo da vítima foi encontrado com mais de cem perfurações, no dia 16 de dezembro de 2017, na Estrada Martim Félix Berta, no bairro Mario Quintana.
Um réu teve o processo dividido e responde separadamente, para outro houve prescrição do crime de receptação e outro aceitou suspensão condicional do processo.