O laudo pericial do corpo da menina de três anos que chegou sem vida a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Alvorada, na Região Metropolitana, divulgado nesta quinta-feira (2), indica que a morte foi causada por hemorragia abdominal provocada por instrumento contundente.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. Segundo a delegada Samieh Saleh, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Alvorada e responsável pelo caso, pelo menos 10 pessoas, entre familiares e pessoas próximas já prestaram depoimento desde terça-feira (31).
— Estamos ouvindo mais testemunhas pra verificar possíveis maus tratos, mas não podemos descartar a possibilidade de a lesão ter ocorrido em razão de manobra de reanimação.
Diversos hematomas foram encontrados no corpo da vítima no atendimento realizado pela equipe médica. Em depoimento na delegacia, a mãe e o padrasto da criança afirmaram que as lesões eram causadas por quedas durante brincadeiras. Afirmaram, também, que a menina apresentava histórico de convulsão.
— Estamos buscando prontuários médicos em outros hospitais para verificar a alegação da mãe de que a menina tinha histórico de convulsão — afirmou a delegada.
Relembre o caso
Na última terça-feira (31) uma menina de três anos chegou sem vida a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Alvorada, na Região Metropolitana. A criança foi levada pelo padrasto até a UBS por volta do meio-dia. A equipe médica tentou reanimar a criança, mas ela já estava morta quando foi atendida.
Os servidores acionaram a polícia e o Conselho Tutelar após verificarem hematomas no corpo da vítima. Desde então a morte vem sendo investigada.
Protesto após morte da criança
Um dia depois, na quarta-feira (1), moradores do bairro Jardim Aparecida, em Alvorada, protestaram pela morte da criança. No ato, ruas foram trancadas e foi ateado fogo em uma residência que seria do padrasto da menina.