Policiais Civis encontraram um depósito de armas e drogas durante operação para tentar conter a guerra de facções criminosas em Porto Alegre, que já contabiliza 24 mortos desde 14 de março. Durante incursão em busca de um dos cinco suspeitos de participação em assassinatos com mandados de prisão em aberto, na Vila Pantanal, no bairro Santa Tereza, zona sul da cidade, os investigadores localizaram um paiol. No local, foi encontrada uma granada, além de três revólveres calibre 38, três pistolas calibre .40 e .380 e uma espingarda calibre 12. Também havia munição, drogas embaladas para venda e um drone, equipamento geralmente usado para monitorar a chegada de policiais na região e também para transportar drogas para dentro de presídios.
De acordo com delegado Eibert Moreira Neto, diretor da Divisão de Homicídios de Porto Alegre da Polícia Civil, o local era considerado seguro pela facção para o armazenamento das armas. Diz que sempre antes de realizar os homicídios os criminosos retiravam o armamento do paiol e levavam para um segundo local, de onde partiam para executar os atentados.
Todas as armas apreendidas estão sendo submetidas ao chamado confronto microbalístico. Com isso, os policiais tentam identificar se partiu de uma delas os tiros que mataram pessoas durante a guerra de facções. Os policiais já sabem que as armas usadas nos crimes têm o mesmo calibre das apreendidas na operação.
Nova prisão
Nesta terça-feira (12), policiais da Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil prenderam um suspeito de participação na guerra de facções em Porto Alegre. O homem, de 26 anos, que não teve o nome divulgado, estava numa casa em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Conforme o delegado Arthur Raldi, o suspeito, que era procurado desde junho de 2020, tinha dois mandados de prisão preventiva expedidos pela prática dos crimes de homicídio qualificado e tráfico de drogas.