A Polícia Civil prendeu no fim da manhã desta terça-feira (1º) o suspeito de ter assassinado um motorista de aplicativo em Montenegro, no Vale do Caí. Israel Patrick Figueiredo Parcianello, 38 anos, o Gael, foi morto com uma facada no pescoço. O preso, de 22 anos, confessou o crime, mas alegou que a morte aconteceu durante uma briga. A investigação suspeita, no entanto, que ele tenha tentado assaltar a vítima, e trata o caso como latrocínio (roubo com morte).
Segundo o delegado André Roese, da 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro, a polícia trabalhava no caso desde a madrugada desta terça, quando foi comunicada de que o motorista tinha dado entrada no hospital com uma faca cravada perto da jugular. Os policiais estavam em perseguição ao criminoso, por meio de informações obtidas pelo aplicativo usado para a corrida. O suspeito foi detido em flagrante na própria residência.
O preso, que possui antecedentes por ameaça e lesão corporal, foi encaminhado para a delegacia em Montenegro. Quando ouvido, confessou o crime, mas apresentou versão que a polícia suspeita não ser totalmente verdadeira.
No depoimento, ele disse ter seguido com o motorista até uma estrada, próxima de um antigo frigorífico. Relatou que ao chegar ao final da corrida estava tentando realizar o pagamento, mas não obtinha sinal no aplicativo de celular. Neste momento, em razão da demora, teria saído para fora do carro e a vítima teria reagido. Ele alegou que teria se assustado com o movimento do motorista, e desferido uma facada no condutor. Sobre a faca, afirmou que costumava carregá-la.
– Entretanto, informações dão conta de que o suspeito se trata de usuário de drogas que estava devendo valores a terceiros. A investigação é que vai apontar o que aconteceu ou não aconteceu– explica o delegado.
Ainda conforme o policial, nada chegou a ser levado do motorista, que estava com dinheiro no bolso. O nome do preso não foi divulgado em razão da Lei de Abuso de Autoridade.
Gael era motorista conhecido no município de Montenegro, onde o crime causou repercussão nesta terça-feira. Ele teria saído de um posto de combustíveis para atender o chamado da corrida durante a madrugada.
Depois disso, o próprio condutor é quem dirigiu seu Kwid até o Hospital da Unimed, na área central, para pedir socorro. Quando chegou ao local, ainda estava com a faca cravada no pescoço. Ele chegou a receber atendimento na casa de saúde, mas não resistiu. A área de acesso ao hospital, onde o veículo dele ficou estacionado, foi isolada pela polícia.
GZH entrou em contato com a plataforma 99 para a qual, segundo a polícia, o motorista prestava serviço, mas ainda não obteve retorno.