O funcionário de uma pizzaria no bairro Salgado Filho, na altura da parada 79 de Gravataí, foi preso em flagrante no final da noite deste domingo (10). Ele é suspeito de ter abusado sexualmente de uma criança de nove anos no banheiro do estabelecimento comercial. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar estupro de vulnerável e o Conselho Tutelar foi acionado.
Segundo boletim de ocorrência registrado pela Brigada Militar (BM), uma família de Porto Alegre jantava no local e, pouco depois das 21h de domingo, as crianças — um menino e um amigo de 11 anos — foram até o banheiro do local, que fica na Rua Barbosa Filho. Ao saírem, eles chamaram os pais do menino que teria sido vítima. Eles relataram o abuso sexual e o gerente foi acionado.
Em contato com GZH, o gerente preferiu não se identificar, mas informou que prestou todo apoio à família e que confirmou a situação suspeita por meio de imagens de câmeras de segurança. Segundo ele, o funcionário ingressou no banheiro ao perceber que as crianças entraram sozinhas na peça do imóvel.
O homem, que tem 23 anos, sem antecedentes criminais e sem qualquer tipo de problema anterior no estabelecimento, fugiu do local após o gerente ter acionado a BM. O tenente do 17º Batalhão da corporação, Marcos Paulo Bastos, diz que uma guarnição foi até a pizzaria e logo na sequência passou a realizar buscas ao suspeito.
— Conseguimos encontrá-lo e o prendemos em flagrante. Ele estava caminhando por uma rua do centro da cidade. Segundo ele, estava indo se apresentar à polícia e negou o abuso, relatando que apenas havia jogado água nas crianças, já que elas haviam sujado o banheiro — ressalta Bastos.
Apesar das declarações do suspeito, que foi apresentado pela BM à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Gravataí no final da noite de domingo, o delegado plantonista entendeu que havia elementos suficientes para a prisão em flagrante por estupro de vulnerável. Nesta segunda-feira (11), o funcionário seguia no local para ser novamente interrogado pela delegada Fernanda Generalli. Ela assumiu pela manhã o caso e, inicialmente, está averiguando todas as informações, bem como anexando às imagens ao inquérito policial.
O Conselho Tutelar de Porto Alegre foi acionado para acompanhar a família, que é da Capital. A criança, que já foi conduzida para atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento da cidade, será encaminhada também para atendimento psicológico. O nome do suspeito não está sendo divulgado, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para não expor a vítima.