O programa Fantástico, da Rede Globo, teve acesso com exclusividade a uma nova carta da mãe de menino Henry Borel, assassinado em 8 de março. Monique Medeiros, que está presa desde o começo de abril, agora acusa o primeiro advogado que a defendeu, André Barreto, de ter montado uma farsa.
"O Dr. André foi até a casa do pai do Jairinho para conversarmos, mas (disse) que só aceitaria o caso se nos uníssemos e combinássemos uma versão inventada (...). Na mesma hora eu questionei por que eu não poderia dizer o que realmente tinha acontecido, já que tinha sido um 'acidente doméstico' (...). Eu ainda não estava satisfeita e disse que falaria a verdade, que eu não via problema algum (...). Foi quando a família dele disse que aquela seria a única versão! Que o Dr. André era um excelente criminalista, que ele teria cobrado 2 milhões de reais pelo casal (mas que só depois percebi que a defesa era apenas do Jairinho).”, escreveu, voltando a afirmar que achou que Henry tinha sido vítima de acidente doméstico.
Monique diz ainda que não sabia que estava levando o filho sem vida para o hospital, e que só teve essa confirmação por uma enfermeira. "Depois da notícia, a funcionária disse que precisaria da presença da pediatra dele para dar o atestado de óbito, e Jairinho, por ser médico, se prontificou a fazer a fim de ajudar", destaca em outra trecho da carta.
"Todos os meus passos eram controlados, todas as ligações que eu fazia havia alguém por perto, sempre monitorada, e eu acalmava meus pais, dizendo que eram orientações do advogado. Era um controle absoluto!", escreveu.
Em outro trecho, ela diz estar "sendo apedrejada na cadeia. Todos os dias elas gritam dizendo que vou morrer e que irão me matar, pois acreditam que eu deixava o Jairinho bater no Henry”.
O pai de Henry, Lionel, duvida das palavras escritas por Monique, acusando que ela seria "manipuladora", e não "manipulada".
O que diz o advogado
Em nota, a defesa do advogado André afirma que ele jamais alterou a narrativa apresentada pelo casal, desde o início do processo.
A defesa de Jairinho não quis se pronunciar.