O idoso de 71 anos baleado na perna após agredir um policial militar durante uma ocorrência morreu na tarde de quarta-feira (21), no Hospital Universitário de Santa Maria. O caso foi registrado no Distrito Industrial de Nova Palma, na Região Central, na tarde da última terça-feira (20).
Segundo a Brigada Militar, Doraci Colvero Vestena foi atingido em uma das pernas para que parasse de tentar agredir policiais durante uma ocorrência.
Uma guarnição foi chamada até o Distrito Industrial para dispersar uma confusão que começou após um incêndio em vegetação. Moradores das redondezas teriam tentado agredir um jovem, filho do idoso, que seria responsável por colocar fogo no mato. Os policiais foram ao local para evitar as agressões.
Após terem dispersado o tumulto, Vestena teria passado a xingar os policiais e investido contra eles com um pedaço de madeira com pregos. Um policial chegou a ser atingido e teve um ferimento profundo em um dos braços. Uma policial efetuou um tiro de advertência no chão. Mesmo assim, o idoso teria continuado com as tentativas de agressões. Então, o policial ferido fez o disparo que acertou uma das pernas do idoso.
Os dois foram encaminhados ao Hospital Nossa Senhora da Piedade, em Nova Palma. O idoso foi posteriormente transferido para o Hospital Universitário.
A Brigada Militar abriu um inquérito policial militar para apurar os fatos. O comandante do 1º Regimento de Polícia Montada, responsável pelo policiamento na cidade, tenente-coronel Cleberson Bastianello, lamentou a morte do idoso, mas ressaltou que os policiais agiram para salvar as próprias vidas:
— Como se verificou na investigação prévia procedida tanto pela Brigada Militar quanto pela Polícia Civil, os policiais agiram em legítima defesa própria ao serem agredidos por pessoas que estavam sendo abordadas pelas guarnições. Lamentamos as mortes, mas seguimos na convicção do alto nível técnico dos policiais militares no uso da força e da arma de fogo.
A Polícia Civil também investiga o caso. Conforme o delegado Marcelo Arigony, titular da delegacia de Nova Palma, a situação é tratada como legítima defesa. A partir desta sexta-feira (23), testemunhas devem começar a ser ouvidas. Bastianello disse que a BM está providenciando acompanhamento médico e psicológico aos policiais.