O Rio Grande do Sul voltou a ter redução no número de roubos e furtos de veículos, assim como em ataques a bancos. Além da redução dos casos de homicídios, feminicídios e latrocínios, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado também divulgou nesta quarta-feira (9) que os casos de roubos de automóveis, por exemplo, caíram em 55,5% e que houve, em todo o mês passado, apenas um registro de arrombamento de agência bancária.
Em relação aos veículos, foram 370 roubos no mês passado contra 832 no penúltimo mês de 2019. A redução tem ficado próxima dos 500 casos por mês desde setembro, fato que nunca ocorreu desde que os dados são computados, em 2002. Além disso, há uma queda constante — mês a mês — desde dezembro de 2019.
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, se comparado ao mesmo período de 2019, a diminuição dos roubos de veículos chega a 28%. Os furtos de veículos também caíram em novembro. Um total de 32,3%, passando de 1.060 para 717 no mês passado.
O governo atribui esta redução ao trabalho feito pelo RS Seguro, com ações e monitoramento eletrônico voltados aos 23 municípios com maiores índices deste tipo de delito. A SSP também lembra que estas marcas inéditas ocorreram independentemente do contexto da pandemia, pois foram alcançadas no momento em que o trânsito já havia retornado ao nível de antes da chegada da covid-19.
Ataques a banco
Em relação aos ataques a banco, houve apenas um registro em novembro. No dia 2 do mês passado, uma agência bancária de Canoas teve um ar-condicionado furtado durante arrombamento do prédio. Em novembro do ano passado, foram dois casos de ataques desse tipo no Rio Grande do Sul. No acumulado do ano, a redução é de quase 60%, com apenas 44 casos contabilizados de janeiro a novembro de 2020.
O comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Rodrigo Mohr, ainda ressalta que houve apenas um fato do tipo "novo cangaço" neste ano, quando os criminosos fazem reféns, fecham a cidade e até explodem agências. Foi em Itati, no Litoral Norte, em setembro.
— Estamos fechando agora em dezembro um ano da Operação Angico, com trabalho de inteligência e levantamento da identificação de grupos criminosos, além de uma pronta resposta em casos de ataques, principalmente do novo cangaço. Em Itati, por exemplo, agimos rapidamente e, após o confronto, três ladrões foram mortos. Também estamos, através do Batalhão Ambiental, controlando e fiscalizando nas pedreiras o uso de explosivos, para que não caíam nas mãos de bandidos — ressalta Mohr.
O comandante-geral da BM e a SSP ainda destacam o trabalho integrado das forças de segurança. Não só com entre os órgãos da secretaria, mas com a Polícia Rodoviária Federal e com autoridades de segurança de outros Estados, como foi o caso de várias prisões de assaltantes do Banco do Brasil de Criciúma, em Santa Catarina.
A Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil mantém apurações permanentes para identificação de grupos especializados em delitos contra estabelecimentos bancários, e tem ampliado cada vez mais a troca de informações de inteligência.