O vice-governador e secretário de Segurança Pública do RS, Ranolfo Vieira Júnior, defendeu o planejamento e o investimento em inteligência para desarticular redes de criminosos responsáveis por ataques a bancos, como os que ocorreram em Criciúma, Santa Catarina, e Cametá, no Pará, nas últimas 48 horas. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quarta-feira (2), Ranolfo pontuou que confrontos, nestes casos, seriam "uma tragédia".
— Me parece que o cérebro por trás disso seja uma grande organização criminosa. Aí vem a preocupação da capitalização dessas organizações, com ações dessa natureza. Criciúma fica a 110 quilômetros da divisa com o Rio Grande do Sul. Não é uma pequena cidade. Da mesma forma Cametá. Para a região Norte, onde não há grandes centros, é uma grande cidade — disse.
— O desmantelamento tem que se dar através da inteligência. A possibilidade de um confronto durante a ação seria uma tragédia — completou.
Na madrugada de terça-feira (1º), um ataque aterrorizou Criciúma, no sul de Santa Catarina. A ação contou com a participação de cerca de 30 criminosos, que estavam em 10 veículos. Fortemente armados, os bandidos usaram ao menos 200 quilos de explosivos na ação.
Menos de 24 horas depois, a cidade de Cametá, no interior do Pará, viveu momentos de tensão devido a uma ação similar. Criminosos assaltaram ao menos um banco do município e fizeram reféns. Uma pessoa morreu, segundo o prefeito da cidade.