A juíza Marilene Parizotto Campagna, responsável pela comarca de Planalto, manteve presa Alexandra Salete Dougokenski, acusada de matar o filho Rafael Mateus Winques, 11 anos. A decisão foi assinada na segunda-feira (12) e ocorreu atendendo à nova determinação legal que estabelece a revisão das prisões preventivas a cada 90 dias.
Alexandra segue detida na Penitenciária Municipal de Guaíba. No despacho, a magistrada afirmou que, “em que pesem as relevantes alegações da parte autora, até o momento não aportou aos autos elementos fáticos aptos a infirmar a decisão que decretou a prisão preventiva da acusada”. A conversão da prisão de Alexandra de temporária em preventiva ocorreu ainda em julho.
Na semana passada, a defesa da acusada apresentou um pedido de soltura, que foi negado.
As audiências do caso foram suspensas na última sexta-feira (9) para análise de documentos envolvendo morte do ex-companheiro de Alexandra, morto em 2007. Na época, a causa apontada para a morte foi suicídio, mas familiares dele contrataram uma perícia particular que levantou dúvidas sobre as conclusões do inquérito, que poderá ser reaberto. Na ocasião, quatro pessoas prestariam depoimento.
Relembre o caso
O menino Rafael Winques desapareceu em 15 de maio e o corpo foi encontrado 10 dias depois, em uma caixa de papelão colocada no terreno da casa vizinha onde vivia com a mãe e o irmão mais velho. A causa da morte indicada pela perícia foi asfixia mecânica, provocada por estrangulamento.
Alexandra confessou o crime à polícia. Ela é acusada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.