Um incêndio ocorrido no último sábado (26) em um centro religioso no bairro Jardim Algarve, em Alvorada, pode ter sido criminoso. Após a informação da existência de imagens de câmeras de segurança, a 1ª Delegacia de Polícia da cidade passou a apurar o caso e tenta identificar quatro suspeitos. Não houve vítimas, mas a família que gerencia o local perdeu dois carros e uma das duas casas geminadas.
A mãe de santo Ana Alice Nepomuceno dos Santos, 57 anos, estava em casa com mais três familiares quando ouviram um estrondo no pátio, por volta das 5h de sábado. Logo na sequência, viram um dos carros incendiar. Depois, o segundo veículo, e, por fim, em 55 minutos, uma das duas residências.
— Minha filha sentiu cheiro forte de combustível e fomos ver o que era, mas foi rápido demais até ocorrer um estrondo. O fogo começou pelo primeiro carro estacionado no pátio e depois foi para o segundo e terminou na casa. Só não se alastrou para o centro religioso, que fica junta a nossa casa, porque os bombeiros chegaram e apagaram o restante das chamas. Mas perdemos tudo. Um dos carros não tinha seguro e ainda faltam 32 prestações — explica Ana.
Imagens
As quatro pessoas conseguiram sair ilesas da residência.
Após trabalho dos bombeiros e registro de ocorrência na Polícia Civil de Alvorada, um dos vizinhos do centro de umbanda repassou imagens de câmeras de segurança. Na gravação, é possível ver, minutos antes do incêndio, que um carro com quatro homens se aproximou da residência. Um deles desceu do veículo e acendeu algo semelhante a um coquetel molotov, atirando o objeto em chamas por uma grade para debaixo de um dos carros estacionados no pátio da casa.
O delegado Juliano Ferreira, que é o diretor da 1ª Delegacia Regional Metropolitana, diz que a 1ª Delegacia de Alvorada apura o caso e não descarta incêndio criminoso, mas ainda estão verificando a motivação. As imagens serão analisadas preliminarmente e anexadas a um inquérito instaurado, para depois serem analisadas pela perícia.
A mãe de santo Ana Alice disse não ter inimigos, dívidas e, por isso, segundo ela, não descarta intolerância religiosa. Amigos e religiosos estão juntando dinheiro e doando material de construção para a família.