A Polícia Civil indiciou um casal que estava encaminhando a adoção de três irmãs e que estaria envolvido na morte de uma das crianças. Além do homicídio qualificado, ainda respondem por estupro de vulnerável e tortura da menina de cinco anos. O crime ocorreu em julho deste ano, em Gravataí, e as prisões, no início deste mês.
A delegada Karina Heineck, responsável pela investigação, encaminhou o inquérito para a Justiça na sexta-feira (11) e, segundo ela, se condenados, cada um deles pode pegar até 80 anos de cadeia. Um homem de 44 anos, preso em Tramandaí, no Litoral Norte, e uma mulher de 39 anos, detida em Três Coroas, no Vale do Paranhana, estavam em processo de adoção de três irmãs, de cinco, seis e nove anos de idade, na cidade de Três Coroas.
Devido ao distanciamento social causado pela pandemia, eles se deslocaram para um sítio na área rural de Gravataí. No dia 21 de julho, a menina mais nova foi encaminhada morta até o hospital da cidade devido a uma queda. O fato foi investigado e a polícia descobriu que a criança, conforme a perícia, morreu por asfixia e espancamento, além dos peritos terem constatado abuso sexual. A Justiça foi acionada e o casal perdeu a guarda temporária das outras duas meninas. A criança que morreu já havia sido adotada pelos investigados.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realiza um trabalho especial, com todos os cuidados possíveis, para verificar se as outras duas meninas também foram molestadas pelos suspeitos. A polícia não divulga os nomes dos presos para não expor as crianças, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).