A chamada Operação Mar Profundo foi deflagrada neste sábado (1º) para combater a pesca predatória no Rio Grande do Sul. Na região de Rio Grande, no sul do Estado, os mestres de duas embarcações foram presos, e foram apreendidas 25 toneladas de peixes.
A ação é resultado de dois meses de monitoramento e investigações. A ofensiva conjunta foi realizada pelo Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM), Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Durante a madrugada deste sábado, no mar e na região de Rio Grande, nas proximidades do acesso à Lagoa dos Patos, dois barcos foram abordados. O tenente-coronel Luciano Moritz, do CABM, diz que os pescadores estavam usando materiais proibidos e pescando irregularmente algumas espécies, como por exemplo, tubarões.
— Os três órgãos, através de suas agências de inteligência, vinham trocando informação há aproximadamente dois meses, onde duas embarcações estariam realizando pesca de forma irregular — destacou.
As embarcações tinham permissão para pesca com rede de emalhe (tipo de rede disposta verticalmente e que fica ao fundo, por meio de âncoras, e são sinalizadas por boias na superfície), porém, os presos estavam fazendo uso de espinheis para a pesca, o que não é permitido.
A carga de peixes apreendida foi destinada ao Programa Mesa Brasil. Diante dos fatos, os mestres das duas embarcações foram conduzidos para a PF na região para serem autuados.
Moritz ressalta que foi estipulada fiança de R$ 5 mil para cada um. A investigação e as ações irão continuar para coibir a pesca predatória.