O governo argentino identificou e passou a monitorar, ainda nesta sexta-feira (31), mais uma nuvem de gafanhotos no país. Ela está na província de Salta, que fica a cerca de mil quilômetros do Rio Grande do Sul, e se soma aos pontos já monitorados em Formosa, Chaco e Entre Rios.
Embora já não seja mais considerada uma nuvem, é este último agrupamento, o de Entre Rios, que preocupa os gaúchos, por estar a apenas 98 quilômetros da fronteira com o Estado. Juliano Ritter, fiscal agropecuário estadual, afirma que os insetos estão isolados. Foi localizado um agrupamento em eucaliptos, que passou a ser controlado de forma terrestre com pulverizadores costais.
Ritter explica que os insetos estavam parados em razão do frio, mas há uma tendência de eles se reagruparem e voltarem a se movimentar com o aumento da temperatura na região.
— Os insetos precisam de calor para se movimentar, e o tempo volta a complicar a situação. Neste final de semana e durante toda a semana, teremos temperaturas elevadas.
O que está acontecendo na Argentina faz parte de eventos cíclicos: de tempos em tempos, eles sofrem com isso, e dura entre oito e 14 anos — já estão há cinco anos com essa situação, relata ele.