Uma megaoperação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (31) no Distrito Federal e em 19 Estados — incluindo o Rio Grande do Sul —, contra uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas e com atuação em todo o país. São mais de 600 mandados sendo cumpridos, tendo como alvos membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Cerca de 1,1 mil agentes da PF participam da ofensiva no Brasil. São 422 mandados de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões.
No Rio Grande do Sul, são 12 ordens judiciais — sete de prisão e cinco de busca e apreensão —, nas cidades de Canoas, Alvorada, Charqueadas e Gravataí. Os crimes investigados são participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Há ações também nos seguintes Estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
Dos alvos de prisão, 172 já estão custodiados em 31 estabelecimentos prisionais de 14 Estados.
Investigação
A investigação da PF identificou 210 integrantes do "alto escalão da facção", recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado "cargos de relevo" na organização ou terem executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.
Para garantir o recebimento do "auxílio", os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, vindos de atividades ilícitas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance da Justiça.