Lançada em 10 de junho, a campanha da Máscara Roxa já resultou em 20 denúncias e duas prisões em flagrante por violência doméstica e familiar no Rio Grande do Sul. As prisões ocorreram em Porto Alegre e Rio Grande. Já as denúncias foram realizadas nas cidades de Venâncio Aires, Capão da Canoa, Casca, Bento Gonçalves, Pinhal, Porto Alegre, Rio Grande, Taquari, Carazinho, Santo Antônio da Patrulha, Canoas, Capão do Leão, Charqueadas, Santana da Boa Vista, Santa Maria, Gravataí, Novo Hamburgo e Três Passos.
Para garantir a continuidade do atendimento até o fim da pandemia, o governador Eduardo Leite sancionou nesta segunda-feira (24) o projeto de lei que institui o recebimento de comunicação de violência doméstica e familiar contra a mulher por intermédio de atendentes em farmácias e outros estabelecimentos comerciais.
A diretora do Departamento de Políticas para as Mulheres do Estado, Bianca Feijó, ressalta que a sanção do projeto garante a continuidade do atendimento às vítimas.
— A sanção é importante, pois garante uma duração maior do projeto que somente uma campanha teria. Estamos tentando um retorno muito positivo da população e pretendemos ampliar essa ação — destacou a diretora.
Ainda de acordo com a diretora, a Secretaria Estadual de Direitos Humanos irá apresentar um projeto de lei complementar para continuar com a ação da Máscara Roxa após o fim da pandemia.
Até agora, 1483 farmácias participam da campanha em todo o Rio Grande do Sul. Os estabelecimentos que quiserem aderir ao projeto devem contatar o comitê pelo telefone (51) 99199-3641 ou pelo e-mail comite.gaucho.elesporelas@gmail.com
O sistema de denúncia é simples: a mulher vítima de agressão procura uma farmácia que tenha o selo “Farmácia amiga das mulheres” e pede uma máscara roxa, como se tivesse a intenção de se proteger do coronavírus. O atendente, que já está treinado, diz que o produto está em falta, mas pede quatro informações para avisar sobre a chegada do equipamento de proteção: nome, endereço e dois telefones.
Imediatamente após a coleta dos dados, as informações são repassadas para um número de WhatsApp disponibilizado pela Polícia Civil.
Casos de agressões de violência doméstica e familiar também podem ser denunciados pelo Disque 100 ou o Disque-Denúncia pelo telefone 1-8-1.