A Polícia Civil confirmou nesta quarta-feira (29) que dois agentes serão enviados a Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte, para reforçar a investigação da execução de Bruno Michaelsen da Silva, 15 anos. O adolescente foi encontrado morto há 10 dias, no interior do município, em uma cena de execução brutal. Pelo menos 120 tiros foram disparados no local, segundo a polícia. Ele residia em Gramado, na Serra, a 70 quilômetros de onde foi assassinado.
— Vamos receber esse reforço, para poder dar conta de toda a investigação, que é bastante complexa. Temos feito um trabalho forte nesse caso, com colaboração expressiva da delegacia de Gramado, que é onde o adolescente residia. Estamos com esperança de chegar a uma resposta em breve — disse o delegado regional do Litoral Norte, Heraldo Guerreiro.
Os dois policiais que serão enviados ao município ainda nesta semana atuam em Porto Alegre, na 13ª Delegacia de Polícia e na Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol). Segundo o delegado Joerberth Nunes, diretor do Departamento de Polícia do Interior, familiares do adolescente foram ouvidos pelos policiais. A motivação do crime, assim como a autoria, ainda está sendo esclarecida.
— A investigação está bem desenhada. Estamos trocando informações, inclusive com a BM de Gramado. Estão sendo ouvidas pessoas próximas e já há uma linha, que a polícia não está detalhando no momento, para preservar o caso — afirma Joerberth.
Os pais do adolescente foram ouvidos na semana passada pelos policiais de Gramado. Bruno era filho do motoboy Jorge Correia da Silva, 59 anos, e da dona de casa Vera Cristina Michaelsen, 39 anos.
— Nada vai trazer meu filho de volta. Mas queremos saber o que aconteceu com ele, o que motivou essa barbaridade que fizeram com ele — desabafa o pai.
O caso
No início da madrugada de domingo, dia 19 de julho, Bruno saiu da casa onde vivia com os pais e os irmãos, no bairro Jardim, em Gramado. A família conta que o adolescente não chegou a responder onde ia. Os pais dizem ter acreditado que ele estava na casa de um amigo, vizinho da família, mas o filho não retornou para casa.
Na manhã seguinte, foi encontrado em Santo Antônio da Patrulha, na localidade de Pinheirinhos. Pelo menos 120 tiros foram disparados. Foram usados na execução pistolas, de calibres 9 milímetros e .40, além de fuzil calibre 556. O celular do adolescente não foi encontrado no local do assassinato.