Um flagrante na praia de Imbé, no Litoral Norte, chamou atenção dos policiais no final da noite desta quinta-feira (27). Ao chegar em uma residência no balneário Presidente, após uma denúncia anônima, os PMs se depararam com um pé de maconha com cerca de três metros de altura.
A viatura aguardou a chegada do responsável pela casa, que alegou estar trabalhando naquele horário, próximo às 22h. Ao se identificar como dono do imóvel, o homem foi preso.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Tramandaí. Segundo o delegado Paulo da Silva Perez, o detido tem 30 anos e alegou ter plantado a maconha para consumo próprio.
— Em 35 anos de polícia, nunca vi um pé desse tamanho — afirmou o policial.
Pela altura, o delegado estima que a planta tenha ao menos dois anos. Considerada "muito grande para consumo", foi caracterizado o crime de tráfico de drogas, inquérito que ficará a cargo da Delegacia de Imbé, onde o indiciamento será finalizado. Pelo crime, o homem pode pegar de três a 15 anos de prisão.
— Aqui na delegacia chamou muita atenção. Geralmente os pés apreendidos são pequenos, antes mesmo da floração, mas desse tamanho acho que nem nas plantações no Nordeste do país se encontra — completou Perez.
No batalhão da Brigada Militar (BM) de Imbé, a planta foi armazenada junto ao piso, na horizontal. Na DPPA, alcançava o teto, mesmo com a raiz deitada junto ao chão.
O detido — que não teve o nome divulgado — alegou ser usuário de maconha há 13 anos. A suspeita é que a planta encontrada fosse usada para gerar outros pés.
O comandante da BM de Imbé, Capitão Joelson Ferri, diz que, com tamanha apreensão, fica o sentimento de dever cumprido. Ele explica que, pelas dimensões, tiveram de deitar a planta sobre os bancos da camionete usada pelos policiais.
— Foi transportada deitada dentro da viatura. Desse tamanho eu também nunca tinha me deparado — informou o comandante.
O homem segue detido na DP de Imbé e deve ser levado a algum presídio da região ainda nesta sexta-feira. O pé de maconha será encaminhado para exames toxicológicos e, posteriormente, será incinerado no Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).