O valor liberado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, para o começo da construção da penitenciária federal de Charqueadas, a 60 quilômetros de Porto Alegre, será suficiente para fazer a terraplanagem e a fundação da casa prisional, explica o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon. A quantia será repassada ao longo do próximo ano.
Orçada em R$ 44 milhões, a obra deve ser licitada no primeiro semestre de 2020 e se iniciar, de fato, a partir do segundo. Bordignon, que esteve presente no encontro entre Moro, o governador Eduardo Leite e a cúpula da segurança gaúcha nesta segunda-feira (11), afirma que está previsto a liberação de R$ 14 milhões nos anos de 2021, 2022 e 2023.
— Esta unidade será igual as outras cinco federais que temos no país. Está decidido: a obra começa em 2020 e termina em 2023 — resumiu.
As demais unidade de segurança máxima estão localizadas no Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
A prisão terá capacidade para 208 apenados de alta periculosidade e terá pelo menos 200 servidores trabalhando. Um concurso público federal deve ser aberto até 2023 para a contratação de funcionários. A edificação será erguida em um terreno de 25 hectares na área rural de Charqueadas.
Vice-prefeito do município da Região Carbonífera, Edilon Oliveira Lopes afirma que o município está ansioso pelo começo da obra. A construção da penitenciária gera expectativa, segundo Lopes, quanto a geração de emprego, maior movimentação do comércio e aquecimento da economia local como um todo.
— A gente já vem desde meados de 2018 aguardando uma notícia de concretização desse projeto. Desde julho de 2017, cumprimos todas as etapas que nos cabiam. Se metade dos servidores federais residirem aqui, teremos uma melhoria geral de aumento de vendas no comércio — estima Lopes.