A primeira etapa de testes com o DNA dos pais do menino Bruno Leal da Silva, desaparecido há 20 anos no Litoral Norte, não contribuiu para esclarecer o mistério.
A comparação do material genético de 431 pessoas mortas no Estado e não identificadas com o DNA do casal não obteve resultado positivo, ou seja, Bruno não está entre esses mortos.
O teste foi feito por meio do Banco de Perfis Genéticos do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, que é administrado pelo Instituto-Geral de Perícias. Para a família, que tem esperança de encontrar Bruno vivo, a notícia não é ruim. Mas ajuda a aumentar a angústia sobre o paradeiro dele.
Ao concluir a investigação, 20 anos atrás, a polícia atestou que o menino estava morto, mas o corpo nunca foi localizado. Um suspeito chegou a ser denunciado pelo Ministério Público por homicídio culposo, mas a Justiça não acatou a acusação.
O próximo passo agora é a comparação do material genético dos pais do menino - Devercina França Leal da Silva e Nazareno da Silva - com dados dos restos mortais de 1,8 mil falecidos não identificados que estão catalogados no Banco Nacional de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O sistema nacional é abastecido com informações dos laboratórios de 18 Estados - entre eles o RS -, do Distrito Federal e de uma unidade da Polícia Federal.
Em paralelo aos testes, a investigação do sumiço de Bruno está sendo revisada pelo delegado de Imbé, Antônio Carlos Ractz Junior. Ao saber por reportagem de GaúchaZH que Devercina havia enviado DNA para um banco genético internacional, com sede nos Estados Unidos, o delegado passou a reexaminar o caso e solicitou a coleta de DNA dos pais para exames no Estado e em Brasília.