O executivo rio-grandino se posicionou contrário à transferência de 230 apenados para a Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg), medida que já foi publicada no Diário Oficial da União. Durante toda a semana, documentos foram entregues apresentando a argumentação para que a decisão seja reconsiderada.
O motivo da transferência dos apenadas de Pelotas para a Penitenciária Regional do Rio Grande são obras no presídio pelotense, que tem problemas de infiltrações com as caixas d´água da estrutura. A Perg foi projetada para 480 detentos e hoje abriga 928 presos nas oito galerias, segundo os números fornecidos pela Susepe.
O prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, a presidente do Legislativo, Andrea Westphal e o presidente da Subseção da OAB no município, Everton Mattos, estiveram em reunião com o juiz da Vara de Execuções Criminais Regional, Marcelo Cabral Malizia, na quinta-feira (10), no presídio Regional de Pelotas. No local, eles tentaram sensibilizar o magistrado para reverter a transferência.
As autoridades rio-grandinas entregaram ao juiz documentos em que apontam diversas razões, como a superlotação e os riscos pelos quais a comunidade próxima ficará exposta, para que a medida seja revista. Executivo, Legislativo e OAB pediram a revisão da decisão antes que ela se concretize e alegaram que a medida foi uma surpresa para o município.
No final do encontro, o prefeito, que também coordena o Gabinete de Gestão Integrada Municipal — órgão responsável pelos assuntos que envolvem segurança pública no município —, afirmou que o juiz na reunião deixou claro que não existe outra alternativa no momento.
O grupo de autoridades também esteve em Porto Alegre durante esta semana, onde pediu apoio do vice-governador Ranolfo Júnior e do presidente da OAB Estadual, Ricardo Breier.