A Polícia Civil realiza operação, nesta terça-feira (23), para cumprir oito mandados de prisão e nove de busca e apreensão na região metropolitana de Porto Alegre. Na ofensiva, são investigados suspeitos de serem executores de uma facção criminosa que torturavam as vítimas antes dos assassinatos.
A chamada Operação Ultimato conta com a participação de 70 policias. Até as 11h, três pessoas foram presas, duas que eram alvos de mandados e outra por porte ilegal de arma de fogo — a polícia apura a ligação dele com os investigados. Outras seis pessoas haviam sido detidas desde sexta-feira dentro da mesma investigação. Todas as prisões ocorreram em Canoas.
Após quatro meses de investigação, o delegado Thiago Carrijo, responsável pelo caso, apura pelo menos cinco homicídios atribuídos ao grupo, desde o mês de abril, em Canoas e em Nova Santa Rita. A primeira morte ocorreu no bairro Guajuviras, em Canoas, e uma das vítimas ainda não teve o corpo encontrado.
— Com a operação e a consequente investigação, não descartamos que tenham ocorrido mais crimes — diz Carrijo.
Segundo o delegado, em todos os crimes investigados foram confirmadas tortura e crueldade contra as vítimas. Os motivos foram disputa de território por traficantes de grupos rivais ou desafetos dentro da própria organização.
Mais detalhes sobre a ofensiva serão divulgados ao longo da manhã.