O homem suspeito de gravar vídeos estuprando uma mulher desacordada entregou-se à Polícia Civil neste domingo (2). José Carlos Silva da Silva,47 anos, teve a prisão preventiva decretada na quinta-feira (30) e se apresentou ao lado de seu advogado.
O crime aconteceu na madrugada da última segunda-feira (27), quando ele se aproximou de um veículo atravessado na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, em Porto Alegre, e deparou com um casal desacordado. Além de divulgar as imagens, ele aparece tocando na mulher.
Segundo a delegada Tatiana Bastos, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e responsável pela investigação, o suspeito era monitorado desde quinta-feira, mas seu paradeiro era desconhecido. A Polícia Civil, então, optou por entrar em contato com o advogado e alertou para o risco à vida do suspeito, uma vez que havia ameaças de morte. Ficou acordado, então, que Silva se entregaria às 10h deste domingo.
De acordo com a delegada Tatiana, Silva será indiciado por estupro de vulnerável, divulgação de cena de estupro e furto qualificado. À Polícia Civil, o homem confessou os crimes. Ele não responderá, no entanto, por omissão de socorro, já que foi ele próprio quem acionou a polícia após o crime. Silva deve ser encaminhado ainda neste domingo ao sistema prisional, mas a delegada não informou o presídio por questões de segurança.
O advogado Renato Almeida confirmou que seu cliente reconheceu a autoria dos crimes.
— Ele prestou todas as informações, esclareceu os fatos, e agora vamos ver na Justiça — disse o advogado.
A Polícia Civil ainda investiga a participação de um segundo homem que aparece nas imagens. Ao ser preso, Silva não deu informações precisas sobre o suspeito, que ainda não foi identificado.
A chefe da Polícia Civil, Nadine Anflor, destacou o bom trabalho da Deam na resolução do caso.
— (Os policiais da Deam) Foram e estão sendo incansáveis, inclusive com cuidado à integridade física do preso, devido à repercussão do fato. Ser policial é isso, querer cumprir sempre o papel de bem representar o braço armado do Estado, sempre dentro da lei.