Um homem de 45 anos que dava aulas de violino foi preso nesta quinta-feira (9) no bairro Teresópolis, na zona sul de Porto Alegre, por armazenar e compartilhar vídeos e fotos com conteúdo de exploração sexual infantil. Segundo a Polícia Civil, a prisão ocorreu em uma casa de luxo, onde foram apreendidos CDs, disquetes, pen drives, dois celulares e HDs externos.
Em análise inicial, investigadores identificaram que o homem não produzia o conteúdo, ou seja, não teria feito as imagens e nem abusado dos alunos. Conforme a Polícia Civil, pela quantidade de conteúdos baixados, armazenados e compartilhados - cerca de 1 mil arquivos - o professor era considerado um dos mais principais alvos de investigação no Estado por este tipo de crime.
- É possível afirmar que se trata de um dos 10 maiores consumidores de pornografia infantil no RS. São arquivos bem específicos com palavras chaves e códigos só acessíveis para quem domina a linguagem. Essas pessoas que consomem a pornografia infantil, mais cedo ou mais tarde, irão cometer algum abuso - analisa o delegado Pablo Queiroz Rocha, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, responsável pela prisão.
A ação contou com apoio do Instituto-Geral de Perícias. O homem prestou depoimento e foi levado ao sistema prisional. Ele foi detido com base no artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbe produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente. A pena prevista varia de quatro a oito anos de prisão, além de pagamento de multa.
De acordo com a Polícia Civil, a prisão do professor fez parte da operação Inocentia (inocente em latim), uma ação permanente que visa coibir delitos sexuais contra adolescentes. No mês de março, a operação prendeu no bairro Rio Branco, em Canoas, um professor de academia por armazenamento de pornografia infantil.