A análise inicial de técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou que Alexandre Pacheco da Silva, 44 anos, o segundo assaltante encontrado morto após o roubo ao Banco do Brasil de Porto Xavier, não foi atingido por tiros. O cadáver foi encontrado na quarta-feira (8) por um agricultor na área rural entre os municípios de Campina das Missões e Porto Lucena. O corpo estava com a cabeça reclinada em uma mochila carregada de dinheiro e com as mãos em um fuzil.
Com isso, a principal possibilidade de causa da morte gira em torno de doenças que o criminoso tinha desde antes de participar do roubo e não da morte em confronto, como se acreditava inicialmente. Segundo familiares, Silva era diabético e apresentava quadro grave de bronquite. A suspeita de policiais é de que ele não tenha resistido a tantos dias sem insulina, agravando as outras enfermidades.
— Ficamos curiosos: como é que ele morreu sem nenhum tiro? Aí a informação dos familiares, que fechou corretamente e que ele tinha diabetes, bronquite e já estava mal — informou o delegado Heleno dos Santos.
Silva não estava na lista de suspeitos envolvidos no crime divulgada pela Polícia Civil, mas a investigação não excluía a hipótese da participação de outros criminosos, o que foi confirmado após a identificação feita pelo IGP. Na sua ficha criminal, constam assalto e homicídio.
O suspeito era natural de Gravataí, na Região Metropolitana. Ele respondia a processo por ter participado de outros dois assaltos que também causaram grandes transtornos a regiões do Rio Grande do Sul: os roubos simultâneos em no município de Farroupilha e outro em Triunfo, ambos em 2008.
O criminoso, inclusive, já havia sido preso pela Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais em Cidreira, no Litoral Norte.
Outros presos
Até agora, cinco suspeitos foram presos e dois encontrados mortos. Um dos capturados é policial militar da reserva e teria organizado e auxiliado na logística do roubo. O soldado da BM Fabiano Heck Lunkes, 34 anos, morreu após o roubo, ao ser atingido durante um tiroteio no cerco.
GaúchaZH confirmou que R$ 1,1 milhão foi levado da agência.