Após 10 dias de buscas em um matagal, com uso de helicóptero para sobrevoar a região, chegou ao fim nesta sexta-feira (3) o cerco da Brigada Militar aos criminosos que atacaram um banco em Porto Xavier, no Noroeste. O assalto aconteceu em 24 de abril e os ladrões levaram R$ 1,1 milhão. No primeiro dia de procura pela quadrilha, o soldado Fabiano Heck Lunkes, 34 anos, foi morto em confronto.
Conforme a Brigada Militar, todo o trecho foi revistado. Foram encontrados vestígios, como roupas, de que os criminosos passaram pela área de cerca de 26 hectares. O perímetro de buscas foi ampliado e, com isso, os agentes que estavam no matagal passarão a fazer patrulhas na área rural entre Campina das Missões, Porto Lucena e Porto Xavier.
O número de policiais mobilizados, no entanto, diminuiu significativamente, já que o Batalhão de Choque e o de Operações Especiais (Bope) devem voltar para suas bases. Durante os outros dias, 150 agentes estiveram na região. Agora, serão 50.
Segundo a subcomandante do 4º Batalhão de Patrulhamento de Área de Fronteira, major Vanessa Peripolli, a polícia tem recebido informações sobre o paradeiro de criminosos. A maioria delas são pessoas da região que estão assustadas com a alta movimentação policial que quebra a rotina calma do interior.
— Seguimos com a nossa operação na região, imbuídos nessa busca aos criminosos. Pedimos a comunidade que qualquer situação estranha seja relatada ao 190 — declarou.
A BM ainda acredita que haja dois assaltantes escondidos na região. A suspeita é de que eles tenham se refugiado em algum galpão ou casa abandonada.
Até o momento, quatro suspeitos foram presos. Um deles era um sargento da reserva da BM, que teria auxiliado com informações aos criminosos e emprestado o sítio. Além disso, um suspeito foi morto depois de trocar tiros com policiais, no último domingo (28).