Pelo menos nove detentos do sistema prisional do Amazonas devem ser transferidos para presídios federais até o final da semana. A medida ocorre após rebeliões que deixaram 55 mortos em cadeias de Manaus em menos de 48 horas.
O governador Wilson Lima não informou os nomes dos detentos e os crimes pelos quais eles respondem. Ao portal G1, disse que o levantamento dos envolvidos no massacre ainda está em andamento e que, à medida que os presos forem identificados, o governo fará ao Ministério da Justiça e Segurança pedido para transferência deles.
Na madrugada desta terça-feira (28), o ministro Sergio Moro afirmou em uma rede social que a União irá disponibilizar vagas nos presídios federais para transferência das lideranças envolvidas no massacre na capital amazonense.
Os massacres
Menos de 15 horas depois de uma rebelião resultou em 15 mortes no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) no domingo (26), outros 40 detentos foram encontrados mortos em três unidades prisionais da capital amazonense, todos por enforcamento.
Além do Compaj, houve mortes no Centro de Detenção Provisória Masculina 1 (CDPM1), no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Após as mortes, a governo estadual reforçou a segurança em todos os presídios do Estado. O GIP, grupo ligado ao Batalhão de Choque da Polícia Militar, passou a revistar e recontar presos em todas as unidades prisionais. Segundo a Seap, "a situação está controlada e todos os presos estão na tranca".