A base de operação da polícia, montada diante da mata onde pode estar o grupo que assaltou banco em Porto Xavier, está inacessível. O perímetro de isolamento foi estendido pela Brigada Militar na tarde desta sexta-feira (26), quando novos vestígios da presença dos bandidos foram encontrados na mata entre as cidades de Porto Lucena e Campina das Missões.
Até a noite de quinta-feira (25) era possível chegar ao local. Hoje, as autoridades exigem dois quilômetros de distância.
Conforme a Brigada Militar, as guarnições encontraram uma touca, vestígios de alimentação e rastros que indicam que o grupo de criminosos está dividido.
— Isso nos deixa motivados, porque percebemos que estamos no caminho certo. Há vestígios deles lá — disse a major Vanessa Peripolli.
Entenda o caso
Na tarde da última quarta-feira (24) criminosos atacaram uma agência do Banco do Brasil em Porto Xavier, no noroeste do Estado. Os ladrões chegaram atirando contra os vidros da agência bancária. Em seguida, alguns deles obrigaram moradores a formar um cordão humano, enquanto outros seguiam em direção ao cofre e aos caixas.
Policiais ouviram os disparos e foram até o local. Quando chegaram, foram recebidos a tiros.Os assaltantes fugiram em dois veículos levando três reféns, que foram liberados em seguida, na saída da cidade. Ninguém ficou ferido. Iniciaram-se as buscas aos criminosos.
Os assaltantes conseguiram fugir para um matagal no interior de Campina das Missões. Por volta de 3h30min, o grupo teria tentado sair da mata e encontrou o cerco policial. Os bandidos portavam fuzis e atiraram contra os PMs. O soldado da Brigada Militar Fabiano Heck Lunkes, 34 anos, foi atingido por um disparo na região do tórax e morreu durante atendimento médico.
Na quinta-feira (25), mais de cem policiais se mobilizaram no cerco aos bandidos. Nesta sexta-feira (26), pela manhã, as buscas foram retomadas entre as cidades de Porto Lucena e Campina das Missões. Dois helicópteros estão à disposição para sobrevoar a região ao longo do dia.