A Polícia Civil procura desde segunda-feira (15) dois suspeitos identificados como possíveis autores do assassinato de pai e filho no assalto a uma joalheria em Estância Velha.
Leomar Canova, 59 anos, e seu filho, Luís Fernando Canova, 35, foram mortos ao reagir ao roubo, que resultou em R$ 350 mil em joias para a dupla de assaltantes.
Policiais civis do Vale do Sinos concentram as buscas no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. Mais de 40 agentes realizaram uma operação segunda-feira no local, atrás de dois jovens. Ambos têm antecedentes e possuem semelhança física com os ladrões, que foram filmados pelo sistema de vigilância da joalheira.
Mais de 100 fotos foram analisadas pelos policiais civis e mais de 20 pessoas foram ouvidas, entre suspeitos e seus familiares. As buscas se concentram na Vila Palmeira, bairro Santo Afonso, e na Vila Brás, em São Leopoldo, próximo à divisa com Novo Hamburgo e da Vila Palmeira.
Uma das melhores pistas obtidas é um celular abandonado pelos assaltantes dentro de um dos dois carros usados na fuga, logo após o assalto à joalheria. Foi a partir dele que se chegaram a nomes. Além disso, claro, as imagens fecham com a dos suspeitos.
Um dos jovens procurados saiu há cerca de três meses da prisão, onde estava recolhido por roubos. Ele tem ficha criminal desde a adolescência. O outro jovem também teria antecedentes criminais.
Há suspeita de que os dois ladrões tenham usado disfarces (nariz falso e óculos sem grau) na hora de cometer os crimes. Mesmo assim, há confirmação da identificação.
A Delegacia Regional da Polícia Civil no Vale do Sinos mantém sigilo sobre os nomes dos envolvidos e não quer se pronunciar a respeito.
Uma das preocupações é evitar buscas injustas, a pessoas que possuem mera semelhança com os suspeitos do duplo latrocínio. Na semana passada foram espalhados nas mídias sociais retratos de dois homens do Vale do Sinos, um militar e um professor, como se fossem os autores do crime em Estância Velha. Até o momento, a suspeita não se confirmou.
A Polícia Civil não possui sistema de reconhecimento facial conectado às câmeras de vigilância — algo comum em aeroportos do mundo inteiro, por exemplo.
— Nossas identificações são à moda antiga, mediante comparação da imagem filmada com os arquivos de criminosos, disponíveis no sistema da Segurança Pública — descreve um delegado envolvido nas buscas aos assassinos de Estância Velha.