O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Mário Ikeda, disse que o cerco aos criminosos que atacaram uma agência bancária em Porto Xavier, no noroeste do Estado, na quarta-feira (24), permanecerá por tempo indeterminado. São 115 PMs e 30 policiais civis, incluindo efetivos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do 3º Batalhão de Choque de Passo Fundo. O helicóptero da corporação também é usado.
Entre quatro e cinco bandidos fugiram para uma área de mata no município vizinho de Campina das Missões. O soldado Fabiano Heck Lunkes, 34 anos, morreu com um tiro de fuzil. O projétil perfurou o colete balístico.
— Não usamos no dia a dia colete resistente a fuzil. Até mesmo no Rio de Janeiro, onde o confronto com fuzis é ainda maior, não se usa esse colete para o efetivo que faz o patrulhamento pela cidade - afirmou Ikeda em entrevista ao Gaúcha+.
Conforme o comandante, os coletes resistentes a disparos de fuzil são muito pesados e desconfortáveis para o uso no dia a dia, o que "acarretaria muito desgaste ao efetivo". Ikeda explica que esse tipo de equipamento é usado pelo Bope, que é o efetivo que está fazendo o ingresso na mata para encontrar os bandidos. Os demais policiais militares auxiliam no cerco.
Segundo o coronel, a área de mata fechada, a chuva e a visibilidade restrita atrapalham o trabalho das forças de segurança. O coronel lamentou a morte do soldado, que estava na BM há dez anos, e deixa uma filha de quatro anos.
— O nosso efetivo está consternado, mas consciente da sua missão e responsabilidade. Estamos todos trabalhando sério e engajados para prender esses criminosos — conclui Ikeda.