O Ministério Público Militar (MPM) solicitou à Justiça a soltura dos nove militares acusados pela morte do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo, em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro. Os presos fuzilaram o carro, onde Rosa estava com a família.
O pedido de liberdade faz parte de um habeas corpus impetrado pela defesa do grupo. O caso deve ser levado ao plenário do Superior Tribunal Militar (STM) ainda nesta semana, pelo pelo ministro relator Lucio Mário de Barros Góes. As informações são do jornal Extra.
Conforme o jornal, o parecer emitido em 23 de abril pelo subprocurador-geral da Justiça Militar, Carlos Frederico de Oliveira Pereira, diz que "não subsiste o risco à disciplina militar" da parte dos acusados.
Segundo Pereira, não houve descumprimento das regras de engajamento - que são as normas que ditam sobre uso da força pelos militares - porque "o homicídio aconteceu quando tentavam salvar um civil da prática de um crime de roubo". Na decisão de que os homens permanecessem presos, a juíza Mariana Queiroz Aquino Campos sustenta que houve a “quebra de regras de engajamento”, porque os militares atiraram sem que houvesse ameaça.
Os nove militares irão responder pelos dois homicídios e tentativas de homicídio.