O apoio da Força Nacional na segurança pública do Rio Grande do Sul está nas mãos do ministro da Justiça Sergio Moro. O governo do RS encaminhou nesta terça-feira (19) pedido para que a permanência seja prorrogada por 180 dias. Moro está nos Estados Unidos na comitiva do presidente Jair Bolsonaro e retorna na quarta (20). Apesar de não haver garantia de que haverá concordância do governo federal em relação ao prazo solicitado, o Piratini está otimista quanto à prorrogação do vínculo.
Em janeiro, atendendo a pedido encaminhado no final do ano passado pelo ex-governador José Ivo Sartori, Moro havia assinado portaria liberando a presença dos agentes por mais 60 dias, período que irá vencer na próxima sexta-feira (22). O novo pedido foi assinado pelo governador Eduardo Leite.
Ao todo, o Estado conta com 55 policiais militares e nove civis, que participam de operações, abordagens policiais e investigações de homicídios.
— Embora o número não seja significativo, temos defasagem muito forte de efetivo. Então, a presença deles nos auxilio do dia a dia, mas trabalhamos com a possibilidade de ser a última — relata o vice-governador e secretário estadual de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Junior.
A expectativa de acabar com a dependência da Força Nacional é devido ao incremento de dois mil policiais à Brigada Militar e de 426 à Polícia Civil no início do próximo semestre. Os novos agentes irão se formar em quatro meses, quando poderão iniciar o trabalho efetivo na segurança pública gaúcha.
O Rio Grande do Sul conta com o reforço desde 2016. A chegada do grupo ocorreu depois que uma mulher foi morta em frente à filha em Porto Alegre, ao buscá-la na escola. O fato culminou na demissão do então responsável pela pasta da Segurança no Estado, Wantuir Jacini.
O efetivo da Força Nacional de Segurança é composto por servidores da segurança pública estadual de todo o país. Nesta semana, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) foi apresentada para tornar a Força Nacional de Segurança permanente. O texto foi apresentado pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA) e não tem previsão de ser votado no Congresso.