Um mês após o presidente Jair Bolsonaro assinar decreto com regras que facilitam a posse de armas no Brasil, o número de novos registros caiu 24,5% no Rio Grande do Sul.
Segundo a Polícia Federal (PF), entre 13 de janeiro - data da assinatura do decreto – e 13 de fevereiro deste ano, foram 256 novos registros. Em 2018, neste mesmo intervalo de tempo, foram 339 novos registros.
A PF confirma, no entanto, que aumentou a procura por informações sobre as regras para aquisição e posse de armas. Por isso, a Superintendência da PF no RS acredita que novos registros devam aumentar ao longo dos próximos meses.
A reportagem de GaúchaZH entrou em contato com quatro lojas que vendem armamentos em Porto Alegre. Todas disseram que a procura por informações cresceu nos últimos 30 dias, no entanto não refletiu em novas aquisições.
Decreto
O decreto permite a compra de armas por moradores de todo o país, já que um dos critérios para a posse é morar em qualquer Estado com índices superiores a 10 homicídios por 100 mil habitantes.
Entre as mudanças, está a adoção de critérios explícitos para a análise da Polícia Federal (PF). Antes, se a justificativa apresentada não fosse considerada suficiente pelo órgão, o cidadão teria o pedido de registro negado.
Apesar do limite fixado em quatro armas, quem comprovar a necessidade de aumentar seu arsenal poderá ultrapassar o teto. Como exemplo, o presidente citou produtores rurais que possuam mais de quatro propriedades e que, para segurança, poderão solicitar um equipamento para cada uma.
O decreto ainda amplia o prazo para renovação do registro de cinco para 10 anos e renova automaticamente, pelo mesmo tempo, a validade dos certificados emitidos até esta terça-feira.