A longa espera que motoristas enfrentavam para retirar dos depósitos do Detran-RS veículos furtados ou roubados tem diminuído, garante a direção do Instituto Geral de Perícias (IGP). Em agosto do ano passado, reportagem de GaúchaZH mostrou que a demora ultrapassava seis meses em alguns casos devido à falta de efetivo do IGP.
Conforme a diretora do órgão, Heloísa Kuser, uma força-tarefa foi realizada no segundo semestre de 2018 para conseguir liberar os veículos que estavam há mais tempo retidos. Também houve acréscimo de 88 servidores no mês de outubro aprovados no último concurso, que estão auxiliando na realização dos trabalhos.
Agora, segundo Kuser, o prazo pode chegar no máximo a uma semana para pericias papiloscópicas, duas a três semanas para perícias mecânicas e até dois meses para o exame de revelação de chassis. Um fato que prejudica o andamento dos processos é que apenas em Porto Alegre e Santa Maria há peritos dedicados exclusivamente para perícia em veículos. No Interior, os servidores se dividem entre os plantões e, quando possível, perícias nos veículos.
Para fazer com que o motorista não fique sem informações, a Secretaria Estadual do Segurança lançou no fim do ano um novo sistema (acesse aqui) que permite consultar de maneira online todas as etapas necessárias até a liberação do veículo. Nele, o proprietário faz a consulta por meio da ocorrência registrada na Polícia Civil e da placa e consegue visualizar como está o processo.
Além da necessidade de perícia do IGP quando são recuperados de furto e roubo, os veículos também passam pelas mãos dos peritos quando são envolvidos em acidentes de trânsito com vítima, quando são atingidos por disparo de arma de fogo ou quando há suspeita de adulteração de chassi, entre outros motivos.
A situação, no entanto, ainda está longe do ideal, na avaliação do Sindicato dos Servidores do IGP (Sindiperícias). Atualmente, o órgão possui 716 funcionários. Para a entidade, seria necessário o dobro desse número para o bom andamento de todos os processos.