Foi localizado em Santa Catarina, na tarde desta sexta-feira (4), o corpo do motorista de aplicativo Paulo Junior da Costa, 22 anos, desaparecido desde 31 de dezembro. Conforme o comandante regional do Corpo de Bombeiros do Estado vizinho, coronel Cesar Assunção Nunes, o corpo foi encontrado em uma região de mata em Laguna, a 348 quilômetros de Porto Alegre. Ele foi morto com um tiro.
Foram necessárias duas horas para localizar o cadáver, que estava parcialmente enterrado. A área é de difícil acesso. Peritos se deslocaram de Tubarão, em Santa Catarina, para a região. As buscas contaram com agentes das Polícia Militar, Civil e bombeiros — a Polícia Civil gaúcha que localizou o corpo e informou à corporação do Estado vizinho.
Dois suspeitos foram presos pelo crime em Laguna — um no bairro Bananal e outro no Barbacena, segundo a Polícia Civil de Santa Catarina. Eles foram identificados como Wesley Nunes Ferraz, 27 anos, e Jackson do Nascimento, de 20. Um deles tem prisão temporária decretada e o outro será autuado em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver.
Os dois homens vão responder, nesse primeiro momento, por homicídio e ocultação de cadáver. Segundo a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) , os dois criminosos, teriam como objetivo se deslocar até Laguna, onde Nascimento mora.
Paulo foi morto com pelo menos um disparo de arma de fogo. A polícia ainda não soube precisar em qual região do corpo. Nesse primeiro momento, a polícia trabalha com a hipótese de que o estudante de Engenharia tenha sido morto em Santa Catarina.
Horas depois de receber a notícia da morte, a mãe do universitário, Neiva Amador, publicou um vídeo nas redes sociais no qual pede justiça e agradece as mensagens de apoio recebidas.
Em nota, a Uber lamentou a morte de Costa e se colocou à disposição da polícia. Leia a íntegra:
"Estamos profundamente entristecidos em saber que Paulo Junior da Costa foi vítima desse crime terrível. Nossa solidariedade e nossos sentimentos estão com a família nesse momento de enorme tristeza e dor. A Uber segue à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, fornecendo todos os dados necessários, na forma da lei, e espera que os responsáveis pelo crime sejam punidos."
Jovem trabalhava em app nas horas vagas
Na segunda-feira (31), o jovem começou a trabalhar às 10h, parou para almoçar e retornou às 13h. Às 15h30min, ainda trocou mensagens com a namorada. Naquele dia, Lavinia estava trabalhando em uma clínica geriátrica e aguardava por ele para voltar para casa em Guaíba, para se preparar para a virada do ano. Ele não apareceu.
Costa era estudante de Engenharia Mecânica na UniRitter, fazia estágio em Guaíba e, nas horas vagas trabalhava para a Uber. O jovem atuava como motorista do app há cerca de um mês.
