O corpo de João Vitor Mendonça Severo, 10 anos, esfaqueado dentro de casa em Santiago, na Região Central, foi sepultado em São Vicente do Sul neste domingo (20). Ele estava hospitalizado desde sexta-feira (18) e morreu no sábado (19), no Hospital São Vicente de Paula, em Passo Fundo. Um adolescente de 17 anos, suspeito do assassinato, foi apreendido.
Em Santiago, onde reside a família de João, chegou a ser realizado velório do início da madrugada até o começo da manhã deste domingo. Depois, o corpo foi encaminhado até São Vicente do Sul para o sepultamento.
Segundo a Polícia Civil, o menino foi atingido por diversas facadas na casa onde morava com a família. Os golpes teriam perfurado seu pulmão. O adolescente de 17 anos é suspeito de ter invadido a casa da família, no bairro Nei Pereira, por volta das 3h30min de sexta-feira, e atacado João dentro do quarto, enquanto ele estava dormindo. A faca usada no crime foi encontrada sobre a cama do menino.
Um familiar dormia na cama ao lado de João. No entanto, o autor teria usado um pano para tapar a boca do garoto. O parente acordou na sequência com os gritos da criança. Ele contou que saiu para pedir ajuda e teria visto o adolescente correndo na rua.
A polícia ouviu a mãe do menino, enquanto ele ainda estava hospitalizado. Para o delegado Guilherme Milan Antunes, que investiga o caso, a morte seria uma forma de vingança contra a família. A mãe de João teria repreendido o adolescente, por conta de, pelo menos, dois furtos na casa.
Horas antes do crime, ela, o filho e outro parente chegaram em casa e encontraram uma janela aberta e o cachorro da família ferido. A suspeita da polícia é de que o adolescente tenha sido também o autor desse delito. Nada havia sido levado da residência.
Familiares do adolescente relataram que ele faz uso de entorpecentes. Segundo o delegado, ele tem histórico de violência doméstica contra os avós. Para a polícia, ele negou que tenha matado a criança. Segundo Antunes, no entanto, o depoimento apresentou contradições.
O Ministério Público encaminhou, a pedido do delegado, o adolescente para o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Santo Ângelo. A polícia pede que informações sobre o caso sejam repassadas, inclusive de forma anônima, pelo telefone 197.