Uma quadrilha do Vale do Sinos, com integrantes gaúchos e paranaenses, é alvo de uma operação da Polícia Civil nesta terça-feira (18). O grupo trocava carros por drogas em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, e distribuía os entorpecentes no Rio Grande do Sul e no Uruguai, onde as drogas eram trocadas também por armas. Segundo a Polícia Civil, por mês, o grupo movimentava R$ 1 milhão.
Cerca de 180 policiais do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) cumprem 30 mandados de busca a apreensão em 12 cidades do Rio Grande do Sul na chamada Operação Capote. Até as 8h, três homens haviam sido presos em flagrante no Vale do Sinos.
As os ordens judiciais são cumpridas em Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estância Velha, Campo Bom, Taquara, Gravataí, Charqueadas, Cachoeira do Sul, Três Passos e Jaguarão.
O Diretor de Investigações do Denarc, delegado Mario Souza, destaca a investigação busca desarticular completamente a organização criminosa.
— A suspeita é de que houve uma espécie de consórcio criminoso entre traficantes gaúchos e paranaenses, com objetivo de aumentar a capacidade de abastecimento de drogas no Rio Grande do Sul — explicou o delegado.
O líder da quadrilha comandava o esquema criminoso de dentro de um presídio paranaense. Durante os seis meses de investigação, foram apreendidos mais de 150 quilos de maconha.