Um menino de dois anos morreu no Hospital Santa Bárbara, em Encruzilhada do Sul, com sinais de espancamento. O caso ocorreu na madrugada de quarta-feira (5). Segundo a delegada Raquel Schneider, o padrasto da criança é considerado o principal suspeito. Após a morte, ele não foi mais visto.
A mãe do menino relatou à polícia que acordou às 5h e percebeu que a criança estava desacordada no berço. A mulher saiu para a rua, na Vila Xavier, e começou a gritar por socorro. Uma vizinha ouviu o barulho e levou a mãe e a criança para o hospital. No caminho, a mulher relatou que a criança estava muito gelada.
O menino chegou inconsciente ao hospital. Um médico que o atendeu relatou aos investigadores que a criança estava sem pulsação. Foram feitas manobras para ressuscitação, mas sem sucesso.
Laudo preliminar da perícia apontou que a criança morreu por politraumatismo e foi asfixiada. Também se constatou coágulos no cérebro, o que indica que ele pode ter sido chacoalhado. O menino tinha costelas fraturadas e várias marcas roxas no corpo e no rosto.
— São sinais de agressão de um objeto contundente. Pode ter sido um facão.
A mãe do garoto, que passou mal durante o depoimento à polícia, relatou que o padrasto não estava em casa. Entretanto, vizinhos afirmam que o homem estava no local e fugiu.
— Há sinais claros que foi homicídio — entende a delegada.
Ainda segundo a delegada, a mulher nunca tinha procurado a polícia para denunciar o homem. Entretanto, em setembro deste ano, o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima de que ele estava agredindo as crianças. Além do garoto de dois anos, a mulher tinha outro filho de cinco anos.
— Essa criança menor era a mais agredida — relata Raquel.
O homem tem dois antecedentes criminais por violência doméstica contra uma ex-companheira. Um em 2014 por descumprimento de medida protetiva e outro em 2015 por lesão corporal.