A Força Gaúcha de Pronta Resposta, que atua no Rio Grande do Sul de forma semelhante à Força Nacional, em apoio à Brigada Militar e à Polícia Civil, vai reforçar o patrulhamento e intensificar as ações no Interior do Estado, durante o veraneio. O lançamento oficial da Operação Golfinho será neste sábado (15), na orla do antigo Bar Onda, em Capão da Canoa. Segundo o major Cilon Freitas da Silva, chefe de Comunicação Social da Brigada Militar, o reforço auxilia principalmente as pequenas cidades.
— A força vai auxiliar no plano estratégico da Brigada para melhor atuação no Interior, frente à necessidade do deslocamento de efetivo para o litoral — destaca.
Formada exclusivamente por policiais da reserva e civis aposentados, a Força Gaúcha atua no Estado desde 21 de agosto, de forma experimental. Nos quase quatro meses, ela participou de 80 operações, segundo o comandante Alexandre Aragon:
— Temos as melhores forças policiais do Brasil. São os mais comprometidos. Ontem fomos chamados ao cerco em Nova Petrópolis. Mesmo de folga, todos quiseram ir — afirma o tenente coronel da reserva.
Nesta quinta-feira (13) houve a assinatura do decreto que oficializou a atuação dos profissionais. No ato, no Palácio Piratini, o governador José Ivo Sartori falou sobre a segurança em seu mandato e citou o secretário Cezar Schirmer, que, segundo o governador, era visto com desconfiança quando foi nomeado.
— Hoje, Schirmer, você hoje termina o governo com uma "marca extraordinária" na segurança pública — celebrou Sartori.
O secretário Schirmer voltou a dizer que o medo mudou de lado, com as últimas ações policiais. Ele respondeu sobre o número elevado de assaltantes mortos em confronto.
— O que temos de saudar é que a Brigada Militar tem uma pontaria melhor que a dos bandidos.
Nos primeiros 12 dias de dezembro, 14 assaltantes ou suspeitos morreram, número acima da média mensal, que é de 10 pessoas abatidas pela polícia em confrontos.
Schirmer falou ainda sobre os dois PMs envolvidos com uma quadrilha que assaltou casas na Serra Gaúcha, roubando mais de R$ 500 mil. Ele disse que não saúda o que aconteceu, mas que a morte do brigadiano que estava ao lado dos bandidos "é a prova de que o crime não compensa" e que "tem de retirar as maçãs podres do cesto".