
Um dos traficantes presos na Operação All In, Ricardo Benites Porto, conhecido como Playboy, estava construindo uma pousada na Praia do Rosa, em Imbituba, Santa Catarina. Segundo o diretor de Investigações do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), delegado Mario Souza, o imóvel tem 12 apartamentos prontos e o investimento é de cerca de R$ 3 milhões.
— Uma construção de grande porte, muito bem feita, com valores milionários investidos - detalha o diretor do Denarc.
Playboy vive no litoral catarinense. Ele é considerado pela investigação como o maior fornecedor de maconha para o Rio Grande do Sul.
— Ele negociava droga para todo o Brasil, vendendo também cocaína e crack. De maconha, com certeza é o maior fornecedor pro território gaúcho — afirma Mário Souza.
Ele já havia sido preso pela Polícia Civil em 2013.
Em depoimento à Polícia Civil, Playboy garantiu que não tinha mais envolvimento com o tráfico de drogas.
Operação
Conforme a investigação, em apenas quatro meses, o grupo teria movimentado cerca de R$ 2 milhões. Além do tráfico de drogas, os criminosos também traficavam armas e lavavam dinheiro com depósitos em contas bancárias e compra de veículos de luxo.
Em 10 meses de apuração, a polícia identificou 46 envolvidos. A investigação começou após apreensão de cerca de duas toneladas de maconha, no início do ano, em Garopaba.
Mais de 200 policiais cumpriram nesta quinta-feira 92 mandados judiciais, sendo 35 de prisão – 15 deles em seis cidades no Rio Grande do Sul. As ações no Estado foram na Região Metropolitana, no Vale do Sinos e em Passo Fundo.
Até as 19h, 27 suspeitos haviam sido presos em Santa Catarina (22) e no Rio Grande do Sul (5). Os nomes dos detidos não foram divulgados. Conforme a polícia, os dois líderes foram presos, um gaúcho e um catarinense.