Duas famílias da zona leste de Porto Alegre vivem o mesmo drama há cerca de dois meses. Estão sem respostas sobre o paradeiro de duas jovens. Daiane Oliveira, 23 anos, desapareceu da Lomba do Pinheiro e Thamara Cristina de Andrade Barbosa, 22 anos, do bairro Agronomia. Os casos intrigam também a Polícia Civil, que busca pistas das garotas. Embora não haja comprovação de que elas tenham sido vítimas de crimes, já que os corpos não foram localizados, o tempo sem contato com parentes e amigos leva a polícia a suspeitar de que possam ter sido mortas.
— Em ambos os casos, ouvimos pessoas do relacionamento delas, fizemos buscas, mas infelizmente não chegamos ao paradeiro. Acreditamos que não estejam mais vivas. Estamos fazendo outras investigações sobre os casos que não podemos detalhar no momento —afirma a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª DHPP.
No caso de Thamara, buscas chegaram a ser feitas pelos policiais na área da Represa Lomba do Sabão, onde havia suspeita de que o corpo da jovem pudesse ter sido depositado. Nenhum vestígio foi encontrado.
— É uma área muito extensa. Se tivermos uma denúncia pontual, voltamos a procurar neste local — diz a delegada.
A jovem sumiu da casa onde vivia, na Vila do Herdeiros. Ela morava em uma peça anexa à casa de familiares do companheiro. O homem está detido no Presídio Central há dois anos, por tráfico de drogas. Thamara costumava visitá-lo regularmente. No sábado, 18 de agosto, à tarde, a avó dela recebeu uma ligação pela qual ficou sabendo que a neta não tinha ido até a cadeia. Familiares do rapaz relataram que a última vez em que ela foi vista foi na sexta-feira, 17 de agosto.
A Polícia Civil ouviu o companheiro de Thamara, mas ele não soube dar informações sobre o que pode ter motivado o desaparecimento.
— Ele negou saber o que pode ter motivado o sumiço dela. Estamos tentando todas as possibilidades, mas é um caso bem complicado — afirma Roberta.
Familiares buscam por paradeiro
Thamara, que estava desempregada após trabalhar em uma cafeteria, frequentava um curso de cabeleireiro. Para o irmão, Fagner Barbosa, 25 anos, a jovem não tinha motivo para sumir. O rapaz fez buscas por conta, espalhou cartazes e divulgou fotos em redes sociais.
— Seguimos sem resposta, infelizmente. A família está abalada. Não se tem mais o que fazer. Tudo o que podia ser feito a gente fez — conta o rapaz.
Após o sumiço, a família percebeu a falta de algumas roupas da jovem, de um chinelo, dos documentos e do celular, que segue desligado.
Sumiço na Lomba do Pinheiro
Daiane foi vista pela última vez no dia 29 de julho, à noite, na Estrada João de Oliveira Remião, na Lomba. Ela teria feito limpeza numa casa, depois bebeu cerveja com amigos e foi vista perto da parada 15.
Amigos e familiares se uniram em busca da jovem, mas também não tiveram pistas do paradeiro. A família contou à polícia que Daiane nunca tinha ficado sem dar notícias. O celular da jovem foi desativado.
Colabore
Informações sobre o paradeiro das jovens ou pistas sobre os desaparecimentos devem ser repassadas à polícia. O contato pode ser feito pelo telefone 197, da Polícia Civil, ou 08006420121, do disque-denúncia da Delegacia de Homicídios.