O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) de Bento Gonçalves começou nesta semana a busca de recursos para uma campanha que visa ampliar o monitoramento eletrônico da cidade. A meta é levantar R$ 240 mil com empresas privadas e com doação da comunidade para a aquisição de 40 câmeras. Segundo o presidente do Consepro, Laércio Pompermayer, a cidade conta hoje com cerca de 30 equipamentos, instalados principalmente na área central. O objetivo é ampliar o monitoramento em pontos estratégicos do município, como os principais acessos.
O projeto contará com a participação da prefeitura. Segundo o presidente do Consepro, será uma parceria público-privada em que o município vai fornecer postes, fibra óptica e as instalações elétricas. Ele estima que os gastos passem de R$ 300 mil com o incentivo público, mas tudo ainda depende do mapeamento dos locais, que é realizado com auxílio da Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil.
Nesta semana, Bento Gonçalves chegou a marca de 41 assassinatos em um ano, número recorde para a cidade. A iniciativa do Consepro de angariar recursos para a compra de câmeras é vista como alternativa para auxiliar no combate à criminalidade no município.
— Tentamos buscar aumento de efetivo, mas não conseguimos. Como a próxima turma de 2 mil homens é só para o final do ano que vem, buscamos a solução mais inteligente para fazer o monitoramento sem efetivo, com o uso de câmeras — destaca Pompermayer.
A expectativa da entidade é arrecadar os R$ 240 mil até o fim do ano e tentar instalar os primeiros equipamentos ainda em 2018. As cotas de doações buscadas são as mesmas do ano passado, que variam de R$ 300 a R$ 500. Com o dinheiro levantado nas outras campanhas, foi criado o Centro Integrado de Operações no 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT). A sala foi inaugurada em dezembro do ano passado com recursos da comunidade e de entidades que investiram cerca de R$ 250 mil no sistema de monitoramento. As novas câmeras ficarão interligadas a este centro.
