Um suspeito de lesar pelo menos 25 clientes que compraram piscinas e não as receberam foi preso preventivamente pela Polícia Civil nesta terça-feira (4). Alexsandro Santos de Jesus, 31 anos, foi detido em casa, no bairro Primavera, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Ele é proprietário da P&A Piscinas, empresa investigada por estelionato.
Alexsandro oferecia o produto nas redes sociais e fez vítimas em pelo menos 10 cidades gaúchas. Uma delas é a funcionária pública Anaí da Costa. Moradora de Cachoeirinha, na Região Metropolitana, ela aguarda a instalação da piscina desde março deste ano.
— Assinamos um contrato de instalação da piscina no cartório. Depositei R$ 3 mil e desde então só ouvi desculpas: a greve dos caminheiros, a chuva, problemas na fábrica.
A vítima conta ainda que o preso esteve, na companhia da esposa, que também trabalha na empresa, em sua casa para avaliar a troca de uma piscina antiga por uma nova.
— Eles estavam uniformizados, passavam certa credibilidade. Acabou que tive que procurar a polícia em Novo Hamburgo — lamenta a mulher.
Em depoimento, o investigado permaneceu em silêncio. A reportagem tentou contato com a empresa pelos números anunciados, mas ninguém atendeu aos telefonemas nem retornou as ligações.
Investigação
Diante de 25 denúncias envolvendo a P&A Piscinas, a Polícia Civil começou a investigar o caso. Segundo o delegado Rodrigo Zucco, o empresário anunciava os produtos em páginas nas redes sociais.
— Ele tinha o catálogo das piscinas, anunciava bons descontos à vista e também aceitava parcelar o serviço — conta.
Segundo ele, a empresa é registrada em nome de um laranja. Ainda conforme o delegado, o suspeito não tinha antecedentes criminais e agia também em cidades de Santa Catarina.
Com a prisão de Alexsandro, os investigadores esperam que outras vítimas procurem as autoridades. Clientes lesados pela empresa podem entrar em contato com a Polícia Civil pelo número 197.
De acordo com o delegado, deve ser pedido ainda o sequestro de bens do suspeito.
Como evitar problemas
Para não se tornar uma vítima deste tipo de golpe, o delegado recomenda aos clientes que não recebam os vendedores em casa quando o negócio for fechado pela internet. O ideal é procurar a sede da empresa.
— Se o preço estiver muito abaixo do mercado é preciso desconfiar. O cliente pode buscar o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e consultar a situação da empresa. Estes cuidados podem evitar o pior.