Um projeto para acolher sobreviventes de tentativa de feminicídio foi lançado no Foro Central de Porto Alegre. O Borboleta Lilás será um aliado na busca pela superação de traumas e na caminhada pela reconstrução da vida, segundo a Justiça estadual. O projeto é realizado em parceria entre a 1ª Vara do Júri e o 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (JVDFCM) da Comarca de Porto Alegre.
Os processos de feminicídio (tentados e consumados), em tramitação na 1ª Vara do Júri, receberão uma tarja lilás e serão colocados em escaninho exclusivo para facilitar a sua identificação, que terá fluxo diferenciado. Vítimas e familiares serão encaminhados para o Projeto Borboleta, com foco no estímulo à cidadania e à autoestima. As vítimas serão encaminhadas para atendimentos psicológicos e oficinas.
Segundo a titular da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar, juíza-corregedora Gioconda Fianco Pitt, mães e filhos serão atendidos.
— Procuramos resgatar essa mulher, e não só ela, também os filhos. Nossa ideia é levá-los a oficinas, a seguir com acompanhamento psicológico — explica.
O projeto não busca agilizar o processo quanto ao tempo de julgamento, mas sim dar atenção especial às mulheres. A ideia é levar o projeto a outras comarcas do Estado em breve.