Um segundo confronto, por volta das 20h10min desta quinta-feira, resultou no terceiro criminoso morto durante as buscas aos assaltantes de banco em Jaquirana. Um quarto bandido segue segundo procurado pela Brigada Militar (BM) no matagal das proximidades do Rio Tainhas.
Um suspeito já havia sido detido no início da fuga. Nenhum policial militar foi ferido.
Dois assaltantes já haviam tombado em confronto por volta das 17h, em uma estrada vicinal próxima a ponte do Rio Tainhas, ainda em Jaquirana. O local é de difícil acesso e com dificuldades de comunicação, por isso não há mais detalhes da ocorrência. Pelo menos três armas longas e dois revólveres foram apreendidos na ação policial.
Mais cedo, o Tiida vermelho utilizado pela quadrilha já havia sido encontrado. O automóvel com placas de Porto Alegre foi abandonado em um matagal numa saída secundária do município, próximo a ERS-110 e cerca de seis quilômetros em direção ao Rio Tainhas.
Nas proximidades do veículo, um suspeito foi detido por policiais militares. Ele não era morador da Serra e, possivelmente, estava auxiliando a fuga dos quatro assaltantes. Este suspeito ainda não foi apresentado na delegacia.
Assaltos em sequência
O ataque a Jaquirana ocorreu por volta das 13h30min, quando quatro bandidos renderam mais de 10 pessoas e as obrigaram a fazer um cordão humano. Os assaltantes vestiam roupas pretas, luvas e toucas ninjas, além de armas longas e coletes balísticos.
Os primeiros alvos foram as agências do Banrisul, na Rua Vera Cruz, e do Banco do Brasil, na Avenida Central. Na sequência, os criminosos arrombaram o posto de combustível e a lotérica, que estavam fechados devido aos assaltos em andamento, e ficam no mesmo prédio. Os criminosos teriam efetuado 12 disparos para o alto, mas ninguém foi ferido.
O ataque ocorreu por volta das 13h30min. A BM tem informações sobre pelo menos seis bandidos. Os criminosos vestiam roupas pretas, toucas ninjas e coletes balísticos. Moradores relataram que dois funcionários da agência do Banco do Brasil foram levados como reféns.
— Eles ficaram uns 20 minutos (na Avenida Central, próximo ao Banco do Brasil). Ninguém foi ferido. Eles só davam tiros para o ar. Depois fugiram na direção da Rota do Sol que vai pra Caxias do Sul, mas por lá há várias estradas pequenas para outras cidades da região — conta o proprietário de um supermercado que, por questão de segurança, prefere não ser identificado.
A lotérica assaltada também fica na Avenida Central e possuía uma porta de acesso à loja de conveniências do posto de combustíveis, o que levou o assaltante a cometer o quinto roubo em sequência pela quadrilha.
— Eles fizeram uns 10 reféns no banco. Foram diversos assaltos simultâneos. Parece que fugiram em um Tiida vermelho e fizeram uns 12 disparos para o alto. A BM chegou logo depois que eles foram embora. Mas eram só quatro policiais com umas pistolas e uma espingarda. Os bandidos estavam com um armamento muito mais poderoso — conta um morador que estava no posto assaltado e afirma ter visto fuzis com os assaltantes.
Explosão em 2014
O último ataque em Jaquirana ocorreu em setembro de 2014. Na ocasião, ladrões chegaram de madrugada e explodiram a agência do Banco do Brasil. O ataque foi protagonizado por cinco homens em dois carros. Um vizinho relatou ter ouvido uma sequência de três explosões.
No dia seguinte ao crime, o Voyage e o Cruze utilizados pelos bandidos foram encontrados abandonados na região de São Francisco de Paula.