O ex-empresário Carlos Flores Chaves Barcellos, conhecido como Alemão Caio, começou a ser julgado por volta das 10h30min desta quinta-feira (5) na Justiça de Torres, no Litoral Norte. Ele não compareceu ao júri por problemas de saúde.
A investigação aponta que o réu matou José Augusto Bezerra de Medeiros Neto, 50 anos, em 2011, com nove facadas. O motivo seria ciúmes do relacionamento da vítima com a ex-mulher dele, Ivanise Menezes Chaves Barcellos.
O acusado ainda responde pela tentativa de homicídio de Ivanise, que teve ferimentos leves devido a golpes de facas.
Desde 2015, o julgamento de Alemão Caio foi cancelado quatro vezes – por pedidos da defesa, não localização de testemunhas e devido aos problemas de saúde do réu. Na semana passada, a juíza Marilde Angélica Webber Goldschmidt negou novo pedido de adiamento.
Nesta quinta, o júri começou justamente com o depoimento de Ivanise. O réu pode receber uma condenação de 12 a 30 anos de prisão pelo homicídio e de 10 a 20 anos pela tentativa de homicídio.
Júri em Torres
Depois de Ivanise ser ouvida na Justiça em Torres como a primeira testemunha de acusação, um médico do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) e um policial militar depuseram. Os três foram arrolados pela acusação, sendo destacado pela Promotoria o perito do IPF que apontou traços de psicopatia do réu.
Também houve o depoimento de duas testemunhas de defesa, uma delas um amigo de infância de Alemão Caio. Como ele não compareceu ao julgamento, a Justiça passou da fase do interrogatório direto para os debates.
Logo depois das 12h começou a explanação do promotor Eugênio Amorim.
Julgamentos adiados
19/03/2015 - Júri cancelado a pedido da defesa do réu. Na época, Alemão Caio constituiu novo defensor e este alegou que precisava de tempo para analisar o processo, bem como o fato de que o acusado não tinha condições emocionais de ir a julgamento.
19/10/2017 - O julgamento foi adiado a pedido da defesa pelo fato de que não tinha condições de se preparar adequadamente para a sessão e novamente por problemas de saúde do réu.
16/01/2018 - Houve novo adiamento por que o réu tinha exames marcados para dias próximos ao júri e seu então defensor ainda não possuía condições de saúde para atuar na sessão.
03/04/2018 - Júri cancelado por não terem sido localizadas as testemunhas de defesa nos endereços fornecidos e não ter havido a adequada intimação da vítima.
05/07/2018 - Depois de quatro tentativa e de novo pedido na semana passada para adiamento do júri, Justiça mantém julgamento que se iniciou por volta de 10h30min.