A Polícia Civil afirma que a quadrilha que atacou a agência do Banco do Brasil de Canguçu, no sul do Estado, na madrugada desta quinta-feira (5), levou cerca de R$ 70 mil em espécie. De acordo com a delegada Lisiane Moraes Mattarredona, o dinheiro foi retirado de dois caixas eletrônicos que foram explodidos. Parte das cédulas teria ficado suja pelo acionamento de um mecanismo de segurança que solta tinta vermelha nas notas.
A quadrilha também provocou um apagão na cidade. Para a Brigada Militar (BM), o desligamento da energia ocorreu antes da ação, para facilitar o crime. Já a Polícia Civil suspeita que a interrupção do fornecimento é decorrente das explosões no banco.
Até agora, a investigação conseguiu confirmar que pelo menos quatro bandidos participaram do ataque. Antes de entrar na cidade, eles teriam assaltado um caminhão, atravessado o veículo na BR-392 e depois o incendiado (veja o vídeo abaixo), para evitar a chegada de policiais de outras regiões.
Já em Canguçu, eles foram direto para a frente do quartel da BM, onde espalharam pregos retorcidos. Os miguelitos furaram pneus de viaturas que saíam para buscas.
— Foi uma ação planejada, bem monitorada e executada. Agora estamos buscando indicativos iniciais de autoria, como câmeras, perícias e testemunhas — resumiu a delegada.
Lisiane afirmou que os bandidos estavam bem armados. Próximo à agência, foram encontradas cápsulas deflagradas de espingarda calibre 12 e também de fuzil. Os assaltantes teriam disparado contra o banco e também para cima, para assustar moradores.
Não houve reféns na ação e ninguém ferido. Assustado, o motorista do caminhão assaltado deve ser ouvido posteriormente na investigação.
Responsável pelo Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Região Sul (CRPO/Sul), o coronel Carlos Andrade afirma que a Brigada usa um helicóptero nas buscas e foca no trecho entre Canguçu e a Região Central. Próximo a Encruzilhada do Sul, dois carros foram encontrados incendiados.
Para o oficial, a quadrilha incendiou os automóveis para atrapalhar a perícia e, depois, embarcou em outros veículos. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da BM foi enviado até o banco para descartar a presença de restos de explosivos.