O taxista Gilmar Serafin, 59 anos, morto durante assalto na última quinta-feira (10), em Estrela, levava R$ 5,4 mil escondidos debaixo do tapete, junto ao banco do motorista. A quantia seria o pagamento do serviço de transporte que ele prestava para uma empresa e recebia os valores mensalmente. O dinheiro não foi localizado pelos criminosos, que levaram a carteira e o telefone celular da vítima.
Segundo o delegado de Estrela, José Romaci Reis, o laudo da perícia apontou que a vítima foi atingida por 37 facadas. Os autores do crime já foram identificados. Antonio Roberto da Silva, 28 anos, foi preso no dia seguinte ao crime, escondido na casa da mãe. Na quarta-feira (16), um adolescente de 17 anos também foi apreendido no município. O terceiro suspeito, um jovem de 21 anos, está foragido.
— Os três saíram de um bailão e pegaram o táxi dizendo que iriam buscar dinheiro e retornar. Um deles desceu em casa e voltou com uma faca escondida. Logo em seguida, anunciaram o roubo — disse o delegado.
Um dos presos relatou que a vítima teria reagido ao assalto. A polícia acredita que a reação ocorreu devido ao alto valor que estava escondido debaixo do tapete e que acabou não sendo levado pelos criminosos.
O crime
Era por volta de 1h30min da última quinta-feira (10) quando Gilmar Serafini, 59 anos, foi encontrado ferido, ainda com vida, dentro do táxi em que trabalhava, na BR-386, em Estrela. Os PMs chamaram a Samu, mas a vítima acabou morrendo a caminho do hospital. Perícia realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) detectou que ele foi morto com 37 golpes de faca, no peito e no rosto. Os peritos informaram aos policiais que acreditam que o taxista estava no banco do carona quando foi morto.
O crime repete o ocorrido com o irmão da vítima há 21 anos, também no Vale do Taquari. O também taxista Gilberto Serafini, à época com 36 anos, foi morto a tiros por assaltantes em uma corrida em 1997.