O Ministério Público e a Polícia Civil prenderam, na manhã desta segunda-feira (28), um jovem de 21 anos pela suspeita de ter engravidado uma menina de 11 anos. A ação foi realizada no bairro Vila Isabel, em Viamão, na Região Metropolitana.
A prisão ocorreu durante cumprimento de mandados judiciais na casa do suspeito. Ele dormia no momento em que era realizada a ação. No local, foram apreendidos celulares que serão analisados para verificar se há material com pornografia infanto-juvenil.
— Havendo esse material, ele poderá responder também por outros crimes. Há uma suspeita de que ele tenha estuprado outra criança, de 13 anos, e isso será apurado também — disse a delegada Andrea Magno, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca).
De acordo com a delegada, está sendo investigada também a suspeita de que o mesmo jovem tenha estuprado outra menina, de 13 anos.
— É importante que o adulto se dê conta de que ele não pode abusar de uma criança, não pode haver relação íntima com pessoa menor de 14 anos, não importa se consentida ou não consentida, isso é crime de estupro de vulnerável — diz o promotor da Infância e da Juventude Júlio Almeida ressalta.
A descoberta do estupro começou no início deste mês quando a mãe da vítima, ao perceber que a menstruação da filha estava atrasada, conversou com ela. A menina então contou que teria sido estuprada três vezes pelo suspeito, a primeira aos dez anos de idade. O homem frequentava sua casa, onde participava de rituais religiosos, e, segundo a criança, teria se aproveitado desses momentos para praticar o crime.
Exames realizados no Hospital de Clínicas constataram a gestação. A criança foi então encaminhada ao Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil (Crai) para acompanhamento e aborto, já realizado. Amostras de DNA do feto foram recolhidas e serão comparadas ao material genético do suspeito. Preso preventivamente, o homem deve ser indiciado por estupro de vulnerável. O nome do estuprador não foi revelado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para não expor a vítima.