O golpe do bilhete premiado enriqueceu estelionatários e vitimou centenas de pessoas, principalmente idosos, no Rio Grande do Sul. Golpistas usam a inocência destes indivíduos para obrigá-los a sacar grandes quantias de dinheiro, em troca de um prêmio que não existe. O golpe, entretanto, costuma ser muito bem articulado, e muitas pessoas têm vergonha de denunciá-lo ao perceber que foram enganadas.
— As pessoas, na ânsia de receber um prêmio, acabam alimentando esses golpistas, muitas vezes por ganância. Os criminosos buscam as vítimas certas: idosos, pessoas sem maldade, que não pensam se tratar de um golpe — avalia o delegado Leonel Baldasso, da 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha. Naquela cidade, uma idosa perdeu R$ 157 mil em um golpe do bilhete premiado em abril de 2018.
Evite ser a próxima vítima
— Evite conversar com estranhos na rua e na frente de caixas eletrônicos.
— Mantenha bem guardados quantias em dinheiro e cartões de débito e crédito, bem como outros pertences pessoais.
— Preste atenção, pois, em geral, mais de uma pessoa participa desse golpe, como alguém supostamente acima de qualquer suspeita.
— Jamais forneça seus dados bancários, cartões e senhas para qualquer pessoa desconhecida.
— Fique atento aos telefonemas de pessoas estranhas, principalmente de outros Estados. Em geral, ocorre uma primeira conversa para ter informações da vítima para em seguida aplicar o golpe.
— Se alguém realmente possuir um bilhete premiado, não irá dividir o prêmio com outra pessoa, ainda mais um desconhecido, por nenhum motivo. O ganhador também não irá vender esse prêmio em troca de dinheiro vivo, pois em algum momento o premiado obterá a quantia.
— Caso seja mais uma vítima desse crime, não deixe de registrar ocorrência na Polícia Civil.